Não tem como negar que a jaqueta corta vento nasceu com os dois pés fincados no universo esportivo. Desenvolvida para proteger os atletas de intempéries climáticas, o item acabou sendo integrado ao guarda-roupa casual lá no início dos anos 1980 pelos adeptos do hip hop e desde então vem numa crescente no mundo da moda, atingindo a alta costura e se posicionando como uma das peças mais hypadas nos dias atuais.
Como o nome já diz, a principal função dela é proteger contra o vento nos dias frios, pois sua modelagem e material conseguem amenizar a sensação térmica causada por essas condições. Por ser uma roupa leve e relativamente fina e que está no meio do caminho entre casacos tradicionais e roupas dedicadas ao frio, seu uso é versátil e adaptável para vários estilos. Outra vantagem da corta vento é que a peça é mais difícil de rasgar, além de ser mais fácil para transportar em uma mochila ou até nas mãos.
Material e Origem
O item teve origem no guarda-roupa masculino e sua história não é lá muito longa quando comparada a outros ícones da moda. Ele surgiu na década de 1970 com o objetivo de garantir que as atividades físicas não fossem interrompidas – sob chuva ou sol – e que também tivesse um design funcional que não interferisse na performance dos atletas. A primeira aparição registrada da peça de roupa foi nas Olimpíadas de Atletismo nos Estados Unidos no ano de 1980.
O material tecnológico precisa atender alguns requisitos como ser leve, fino, portátil e térmico, por isso a blusa corta vento é geralmente produzida em poliéster ou poliamida, que garantem que a peça desempenhe suas funções com qualidade, podendo ser impermeável ou não, ter forro, bolsos e outros detalhamentos de modelagem.
Há argumentos convincentes em ambos os lados deste debate sobre estilo e elegância.
Os defensores dos corta-ventos justos ao corpo afirmam que eles proporcionam um visual mais polido e refinado. Ao moldar a silhueta, um corta-ventos justo pode criar linhas elegantes e realçar a forma do corpo. Essa abordagem parece alinhada com a noção tradicional de elegância, focada na construção cuidadosa da silhueta e na qualidade do acabamento. Além disso, os corta-ventos justos ao corpo são frequentemente associados a marcas de luxo e alfaiataria fina.
No entanto, os apoiadores dos corta-ventos oversized argumentam que eles oferecem seu próprio tipo de elegância descontraída. O oversized intencional cria proporções interessantes e silhuetas volumosas que alguns consideram igualmente elegantes, apenas com um visual diferente. Esse estilo tem uma sensação artística e vanguardista. Em vez de se concentrar em moldar o corpo, o oversized dá movimento e jogo com o tecido e silhueta.
Além disso, enquanto os corta-ventos justos podem às vezes parecer rígidos ou restritivos, os corta-ventos soltos proporcionam liberdade de movimento e conforto. Essa qualidade “desleixada” é considerada por muitos como sua própria forma de elegância informal. Em oposição ao visual engomado, o oversized transmite uma atitude mais relaxada e moderna em relação à moda.
Como Usar
Muito funcionais, altamente democráticos e sempre se reinventando: é assim que os modelos de windbreaker – o termo em inglês que literalmente quer dizer “quebra vento” – permanecem em alta após tantas décadas. Por tudo isso, incluir um item corta vento no seu guarda-roupa vai possibilitar uma infinidade de combinações incríveis em diversos momentos. Os modelos mais simples, com zíper completo na parte da frente podem ser usados sobrepostos em camisetas, com calças mais esportivas ou seguindo uma linha mais clássica, com sapato e peças em alfaiataria, tirando a jaqueta do lugar comum.
A modelagem anorak é indicada para situações mais extremas, pois além de proteger do frio, impede a passagem de água, já que geralmente é produzida com tecido impermeável. Nesse caso, vale apostar em uma corta vento preta para um visual mais discreto e minimalista.